Menu
quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Top Play

Fernando Fenero

Jogo de Quinta - Odallus:The Dark Call

Jogo brasileiro é uma pérola retrogamer pouco conhecida pelos entusiastas.

26 julho 2017 - 23h01

Experiementando fazer um dia específico para resenhar jogos desconhecidos pelo grande público, vamos tentar fazer de toda quinta-feira o dia do "Jogo de Quinta" aqui na coluna Top Play. 



E para a estréia, vamos de um jogão que foi feito em terras brasileiras: Odallus: The Dark Call!





Odallus é o segundo projeto da pequena e criativa equipe da desenvolvedora Joymasher, que vem do  sucesso Oniken que resgatava a mecânica e visual dos difíceis e quase impossíveis de zerar "Ninja Gaiden" do Nintendo (o famoso Nintendinho com dezenas de clones brasileiros). Saindo da temática cyberpunk de Oniken, Odallus busca influências em produtos como o mangá Berserk e em jogos como Castlevania, Metroid e até mesmo Mega Man.



Odallus: The Dark Call


 



Um desavisado poderia qualificar o jogo como um Metroidvania (estilo de jogo que ficou famoso nos jogos Metroid e Castlevania) mas realmente não é o caso: Odallus tem como diferencial a re-visita das fases que podem ter novas áreas abertas com novos poderes e novas armas (diferente da lineariedade de um Metroidvania clássico).



 





O visual de Odallus chama muito a atenção, por dois fatores: uso de pixel art muito caprichado baseado no conceito dos oito bits (geração do Nintendinho e Master System) e na imagem dark que o jogo oferece. O criador do jogo Danilo Dias disse em uma das entrevistas que para deixar a aparência bastante dark, optou por desenhar diretamente tudo em fundo preto, e o resultado ficou primoroso. Outro ponto forte é a trilha sonora, que inova em algumas trilhas e resgata algumas musicas de clássicos como Castlevania Bloodlines do Sega Mega Drive.





Se tratando de roteiro, Odallus não caiu em clichês e mostra um guerreiro cansado de guerras, que têm seu filho raptado por um culto que deseja usurpar o lugar dos deuses que "foram embora" e deixaram a humanidade para trás. Vários combates com chefes mostram a história se desenvolvendo ainda mais, envolvendo bastante o jogador. Para cumprir as fases em plataforma, você tem a disponibilidade de armas arremessáveis (como em Castlevania) e de itens que dão poderes como andar debaixo d'água ou dar o famoso pulo duplo.







Apesar da Steam e da desenvolvedora aconselharem um PC razoável para rodar Odallus (Intel Core 2 Duo com 2 gb de Ram e 256 de vídeo dedicado), o game roda fácil em setups bem mais modestos, testado em um Intel Atom com 512 de ram e sem vídeo dedicado, e não foi sentido nenhuma perda de qualidade e velocidade.



Pra quem ficou com vontade de jogar, Odallus está por apenas R$19,99 na Steam, e por R$24,99 você leva no pacote também Oniken.