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sexta, 29 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Reflexões

Marcelo A. Reis

O Restauro da Razão; a Restauração do Equilíbrio

O Supremo sinalizou que, ao menos, Eduardo Cunha NÃO comandará o processo

18 dezembro 2015 - 07h50

Caro leitor;



Tem momentos em que fico muito desanimado, mas brasileiro, não desisto nunca. Hoje pensando, acabei me rendendo. "Deus" é mesmo nosso compatriota! Começo com tal afirmativa em função da histórica reunião do plenário do STF em dezessete de Dezembro. Estava o país à mercê do hiperativo Presidente da Câmara, o notório Deputado Eduardo Cunha. Fazia do Brasil o que bem queria e entendia. Autêntica "Casa da Mãe da Joana"!



Não vou discutir os aspectos técnicos jurídicos do processo de impeachment. Falta-me competência. Outros, mais doutos, se incumbirão de tal trabalho. Você sabe, e não será demais a repetição, que considero o atual governo, primeiro e segundo mandatos, o pior que já tivemos. Até mesmo do que o do ex-presidente, hoje parceiro da dupla Lula/Dilma, Fernando Collor de Mello. Não retiro um milímetro da responsabilidade funcional, e pessoal, da Senhora Presidente. Já disse, e uma vez mais repito, que pela "causa" fez e deixou que fizessem de tudo. Ao seu bolso nada foi. Terminará o Governo e retornará ao seu apartamento de Tristeza (é o nome do bairro em Porto Alegre! Ironias da vida!) sem contas secretas na Suíça ou em qualquer outro "Paraíso Fiscal". Ela poderá negar, pois não as tem. Realmente não!



Por outro lado, ao levar ao Congresso Nacional a decisão de prosseguir, ou não, o mandato presidencial é importante que sigam-se todos os preceitos jurídicos, constitucionais e legais. Não se pode permitir que um assunto de tal seriedade, com repercussões em toda a vida da Nação seja feito ao bel talante do deputado que hoje chefia a Câmara, cuja vida pregressa não é das mais nobres. É, no mínimo estranho, que hoje a maior bancada da Câmara seja a do Eduardo Cunha , suprapartidária e com representantes de diversos estados. Que Eduardo Cunha anuncie, com a cara de pau, digna de um estelionatário, que somas astronômicas "deve ter sido depósito feito pelo filho do Deputado Fulano, já falecido, de um dinheiro que emprestei a ele". O filho do Deputado desmentiu. São mentiras e manobras contumazes. Está claro, ao menos para mim, que é parte de um ‘super esquema’ transnacional.



O Governo Dilma é ruim. Mesmo com "estelionato eleitoral" foi eleito pelo voto popular, livre e direto. Amarga o maior descrédito que um Presidente brasileiro já passou. Exatamente pelo estelionato que praticou.



Pode ser impedido? Pode. Mas que se cumpram os trâmites constitucionais.



Assegure-se a defesa, o contraditório. É um processo político e jurídico. Da sua adequada combinação é que se tem um justo e adequado procedimento. É aí é que se vê que a população, mesmo não gostando do governo, tem se retraído das ruas. O homem comum, que amarga nos hospitais, nas péssimas escolas para os seus filhos, nas conduções de péssima qualidade, está revoltado. Sabe que o dinheiro que deveria ter sido aplicado em tais setores está na conta dos politicões, mas intui que os das tribos Cunha/Temer estão nessa "briga" não é para defendê-lo. Teme que deve, até, ser para aumentar a ladroagem.



Confiar em um eventual Governo Temer? Temer é culto, "preparado" e acertado/rodeado de Cunha e sua tropa, Renan, Moreira Franco, Collor, das famílias Barbalho e Lobão e outros da mesma alta periculosidade.



O STF, ainda que calcado em raciocínios jurídicos não fugiu às suas responsabilidades. Considerou as GRAVES questões factuais que estamos vivendo. O assalto ao Estados por grupos de moralidade duvidosa é o mais evidente.



O Supremo sinalizou que, ao menos, Eduardo Cunha NÃO comandará o processo.



Vamos em frente...



Até a próxima