Quis custodiet ipsos custodes? Frase complicada provinda do Latim, que em tradução livre significa ‘quem vigia os vigilantes’. Famoso nas obras clássicas, grega e romana, o questionamento se aplica muito bem no Brasil moderno. E vamos explicar o motivo!
Há tempos que o grande mal apontado pelos brasileiros da mazela nacional são os políticos. Mas até eles respondem – mesmo com um delay inacreditável – aos ditames judiciais. Mas, e no caso de quem comando o Judiciário, a quem respondem?
Hoje, se um juiz comete algum ato de ilegalidade, responde ao Conselho Nacional de Justiça. Formado por quem? Por eles mesmos, integrantes do judiciário. O que torna comum denúncias contra magistrados se tornarem apenas areia ao vento.
Adicione a isso a questão salarial e temos uma casta de mandantes no Brasil. Apontados como moralizadores do País, magistrados ganham subsídios e adicionais totalmente fora da realidade nacional. E ainda defendem os valores. Inclusive com o maior representante da classe afirmando que os auxílios moradias servem para ajudar após anos de reajustes salariais ‘ruins’. O que dizer então dos trabalhadores que ganharam R$ 10 de aumento anual do salário mínimo?
Uma casta com ganhos fora da realidade nacional – e proporcionalmente com poucos parâmetros mundo afora – e que se autorregula, ou seja, na prática não deve satisfação a ninguém. Completando o bolo todo: que conta ainda com o poder de tornar pó decisões dos outros dois pilares democráticos: o Legislativo e o Executivo. Como dito no título desse artigo, um Judiciário sem controle manda num País apático!
Quem vigia os vigilantes?
Ou
Quem regula os reguladores?
Ou
Quem julga os julgadores?
Fica aí o questionamento para quem quiser refletir um pouco.
Sobre a origem da frase, leiam A República de Platão e As Sátiras, de Juvenal.
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