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quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Reflexões

Marcelo A. Reis

RESPONDENDO - Temer e o fim da Lava Jato

Destaco duas mensagens

19 abril 2016 - 07h22

Caro leitor,



Telefonemas, e-mails de leitores comentando os fatos de ontem e o artigo escrito e postado ANTES da sessão da Câmara Federal. A "palhaçada" em que os Deputados conseguiram surpreender, ultrapassar, aos mais audaciosos prognósticos.



Foi de um non sense generalizado. No popular um grande "bunda lelé!" "Por mamãe..."; "Pela minha cabrita..."; "Por Deus...";"Pelo Município Progressista de Cucuí de las Palomas"; e por aí foram.



Destaque-se a atitude do Deputado Tiririca. Sem palhaçada! E ele o foi, profissional, por muitos anos! As pessoas, contra e à favor do impeachment, indignadas com a falta de seriedade, atitudes debochadas, vulgares. Todo e qualquer adjetivo que se arranje será cabível e será pouco para o que se viu. Alguns legisladores tentaram revestir os seus pronunciamentos com seriedade. Em vão! Foram abafados pela pantomima! Pelo deboche! Que só não era maior que o fato de a presidência dos trabalhos estar sendo exercida por um indiciado em processo de corrupção no STF.



Chamou a atenção, volto a dizer de pessoas de ambas as posições, a falta de menção, à questão central. As ditas "pedaladas". Ou seja, tal teria sido, apenas, um pretexto para remover a D. Dilma do Palácio Planalto.



Você deve estar pensando que ,assim como diversos vigaristas, indiciados em vários processos, inclusive na Lava Jato, transformaram-se repentinamente em paladinos da ética e da moral, tornei-me, de ontem para hoje, um "Dilmista" empedernido.



Não, não mudei um milímetro do que penso e tenho escrito. A Presidente da República é responsável direta por todas as patifarias, "mal feitos", leia-se roubalheiras, que ocorreram na área energética do país. Por ação e por omissão. Ministra de Minas e Energia, Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás e Ministra Chefe da Casa Civil, não há como fugir. A sua responsabilidade é direta; total e plena!
Acredito, e já o disse um sem número de vezes, que fez e acoitou tudo pela "causa", pela "revolução". É a "burguesinha revolucionária"! Teria sido motivo de risadas de outros figurões que teriam pego "Dez para o Partido e Noventa para mim". Não haveria o agravante do furto, da mala em proveito próprio. Tudo pela causa! Ainda ,assim, é a responsável.



Fiz tal preâmbulo longo, reconheço, porque é mais do que tempo de imprimir seriedade em nossas questões. É hora de cobrarmos honestidade, exação no trato da Coisa Pública . Sejam recursos, sejam acordos políticos.



Destaco duas mensagens.



Um amigo, sério, honrado, trabalhador, contaminado pela massiva radicalização que vivemos, às minhas críticas a preeminência hiperativo Presidente da Câmara, contra argumenta que "para combater bandido, somente um outro bandido". Acho que não. Estou cada vez mais radical. Chega dessa coisa de bandido amigo e bandido inimigo. Não dá mais para fazer acordos, arranjos e composições com BANDIDO NENHUM. Eles se REarticulam e se juntam . A minha avó dizia que "um gambá cheira o outro"!



A outra, perfilha o argumento de que o impedimento seria golpe, uma eleição indireta. Alega que NÃO existiria nada concreto contra a Presidente. Existe, mas concordo que um Congresso com mais de cem parlamentares respondendo a processos, presidido por pessoas que tem um a biografia pouco republicanas realmente leva a que aflorem e cristalizem as dúvidas e hesitações quanto a sua seriedade e isenção.



Retomo a nossa posição de que a crise é política e a sua solução tem que ser de tal forma. Volto a propor um Presidente de consenso, em um Governo de União Nacional, para dirigir a travessia do deserto.



Até a próxima