Você pode negar, espernear e até xingar, mas se pensar bem vai reconhecer que a Seleção Brasileira, como instituição, é a cara do país que representa, com todas suas qualidades e ainda mais defeitos. E analisar rapidamente essa relação é também uma prática de autoconhecimento.
Pra quem acha que futebol é só brincadeira – ou ópio do povo como dizem alguns – seria bom ler o jornalista Franklin Foer, principalmente o livro ‘Como o Futebol Explica o Mundo’, obra que retrata claramente como o esporte mais praticado no mundo serve de espelho à sociedade que representa, cada uma delas.
Começando pelo primeiro jogo do Brasil na Copa, com erro crasso d o árbitro que gerou uma enxurrada de críticas nas redes sociais, claro, porque o erro foi contra a seleção canarinho. Quando é a favor, se duvidar se comemora – alguém lembra Holanda 1994 ou Turquia 2002? Reclamar apenas quando é pra ter vantagem, nunca pelo estritamente justo, mostra bem claro uma das facetas brasileiras, o tal jeitinho.
A relação patológica com a vitória então... é mais um traço. Quando ganha (mesmo r oubado) tá top, quando perde tá uma merda. Não há meio termo, não há análise. Brasileiro não gosta de esporte, gosta de ganhar. Leve isso pra nossa sociedade e mais um pouco do véu se abrirá...
A baixa receptividade da Seleção no pré-copa e o respectivamente aumento durante a Copa mostra outro lado brasileiro. Só nos importamos no fim, bem parecido com eleições não é mesmo?
Sem alongar demais este artigo, mas fica um exercício de comparação e raciocínio. Para quem quiser, é claro.
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