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quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Reflexões

Marcelo A. Reis

Vários pesos e várias medidas

Desculpe ser repetitivo ,mas é mais do que passada a hora de fazermos a hora!

21 março 2017 - 12h11

Caro leitor ; 



Fala-se muito em "dois pesos e duas medidas " quando se quer caracterizar uma desigualdade ou mesmo uma ausência de critério lógico para , estabelecer um padrão base,  um julgamento isento. As injustiças , as diferenciações por origem familiar , os compadrios ,a vinculação política são tantas que não se pode mais usar , repetir, o ditado em sua forma original . Há que falar - se em "vários pesos e várias medidas.



Uma para cada situação . Tal como as entrevistas do Ministro Gilmar Mendes .À minuta ;de acordo com a conveniência ; com o momento . Temos que lembrar o nosso Machado de Assis , que há mais de cem anos ,com a verve , ironia e humor que o caracterizavam , já denunciava a casta de políticos e altos funcionários, que nos dominava. Até hoje mantém o seu tacão sobre a população.



Quando batemos contra o foro privilegiado temos que ter claro que tal é irmão siamês dos maus tratos nas prisões , da reforma à toque de caixas do antigo presidio da PM do Rio para abrigar o ex Governador Sergio Cabral e os seus asseclas, da libertação concedida e ,depois, revogada prisão da Adriana Asnselmo , não apenas beneficiária , mas um atuante comando do esquema criminoso do marido, da implantação do voto em lista fechada, dos subsídios acima do teto que grande parte dos magistrados e procuradores recebem , das aposentadorias e pensões nababescas pagas no setor público . Tudo causa / consequência do descalabro em que vivemos. É uma única coisa.  São os partidos X, Y ou  Z querendo abocanhar nacos da Administração onde corra dinheiro .São os Tribunais de Contas , Auditorias Gerais que existem para cumprir os rituais e pontificarem com a ineficiência.



Nada constatam antes ,; apenas a posteriori . Ainda recentemente , aqui mesmo , lembrei - me do Darcy Ribeiro dizendo que "não temos elite mas, tão somente, uma classe dominante cruel e cínica" . Complementei com a afirmativa,de um amigo uruguaio profundo conhecedor da América Latina, de que "a elite brasileira é a mais insensível do continente" . Ao meu permanente amargor procuro,para sana -lo, acrescentar indícios de mudança .



O caso ,acima citado,da Adriana Anselmo, mostrou que o clamor público , agilizado e potencializado pelas redes sociais, é a única forma de interromper o descalabro em que vivemos . Ver o Angotox , o seu genro do genro do genro  , o Jucá , o Renan, o Eunicio,o Barbalho e outros "elementos" (só mesmo usando o jargão policial!) deitando falação cheios de empáfia , de caras e bocas na imprensa, reforça a convicção de que somente a mobilização nacional , ainda maior, poderá nos levar a seguir um curso firme e seguro com destino a promoção da população. 



Desculpe ser repetitivo ,mas é mais do que passada a hora de fazermos a hora!



Até a próxima