Menu
sexta, 29 de março de 2024 Campo Grande/MS
CAMARA MUNICIPAL MARÇO 2024
Geral

MP acusa mais 4 integrantes de facção por envolvimento no assassinato da PM Juliane

Policial militar à paisana foi morta por membros do PCC a tiros em agosto após se identificar

18 dezembro 2018 - 11h43Por G1/SP

O Ministério Público (MP) denunciou nesta terça-feira (18) a Justiça mais quatro pessoas acusadas de envolvimento no cárcere privado, tortura e assassinato da policial militar Juliane dos Santos, de 27 anos, em agosto deste ano na favela de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo.

É a segunda denúncia que a Promotoria oferece sobre o caso. Dessa vez foram acusados Luiz Henrique de Souza Santos (o Tufão ou Luizinho), Ricardo Vieira Diniz (o Boy), Felipe Carlos Santos de Macedo (o Pururuca) e Everton Guimarães Mayer (o Tom).

Segundo o promotor Fernando Bolque, os quatro são ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria ordenado a execução da policial.

“Um deles foi preso durante as investigações e os outros três são procurados após a Justiça decretar a prisão preventiva deles”, falou Bolque nesta manhã.

Segundo ele, mais denúncias virão porque há mais envolvidos no crime que são investigados pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. “Mais três ou quatro”, falou o promotor.

Até a publicação desta reportagem, no entanto, não havia uma decisão judicial se a denúncia do MP contra os quatro acusados foi aceita.

1ª denúncia

Em 8 de outubro, o promotor Fernando Bolque já havia acusado outros três membros do PCC por participação nos mesmos crimes. A Justiça aceitou a denúncia contra o trio, que foi preso preventivamente e passou a ser réu no processo.

À época, foram acusados Eliane Cristina Oliveira Figueiredo (a Neguinha, chefe de uma biqueira do PCC na favela), Everaldo Severino da Silva Felix (o Sem Fronteira, integrante da facção) e Felipe Oliveira da Silva (o Tirulipa, também do grupo criminoso).

Essas sete pessoas são acusadas de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe com utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Eles também devem responder por cárcere privado, associação criminosa e tortura.

O crime

Juliane havia desaparecido em 2 de agosto após ir de moto a um bar, na Rua Melchior Giola, na comunidade da região Sul da cidade. Ela estava à paisana e sem uniforme. Tinha ido ao local comemorar o nascimento do filho de um casal de amigos.

Segundo testemunhas, num dado momento, alguém perdeu um celular e ela se identificou como policial, colocando sua arma sobre a mesa e dizendo que ninguém sairia do bar até o aparelho aparecer.

Isso chamou a atenção de criminosos no local. Quatro deles, todos encapuzados e armados a abordaram. O corpo dela foi encontrado no dia 6 daquele mês com dois tiros na virilha e um disparo na cabeça, dentro do porta-malas de um carro.

A moto dela foi encontrada depois. Câmera de segurança gravou um dos acusados abandonando o veiculo e ajudou a localizar os demais envolvidos no crime.