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Política

Polêmica, criminalização da homofobia divide opiniões de deputados em MS

Proposta tramita no Congresso Federal

23 abril 2018 - 07h00Por Airton Raes

Os deputados federais Zeca do PT e Geraldo Resende (PSDB) são favoráveis a criminalização da homofobia. Já o senador Waldemir Moka (MDB) acredita que não há necessidade para tipificar como crime.

Para Zeca, classificar a homofobia como crime é o correto. “É uma coisa injusta, alguém que acha que pode interferir na opção pessoal ou vida dos outros. Agressões contra os homossexuais não cabem no mundo civilizado. Quem comete algo assim tem que ser preso sem direito a fiança”, disse.

Geraldo Resende destacou que sempre defendeu a punição mais severa contra a homofobia. “Existe uma intolerância exacerbada na sociedade. O preconceito tem se exteriorizado de maneira muito abrupta na sociedade, que remete a praticas medievais. Não só contra homossexuais, mas também contra as mulheres, negros e indígenas. Precisamos de uma sociedade onde esse tipo de agressão não será mais aceita”, disse.

Divergência

O senador Waldemir Moka é contra o projeto de lei em tramitação que torna a homofobia como crime. “Tem que ter respeito e esse respeito tem que ser recíproco. Às vezes têm lugares que não comportam esse tipo de comportamento. Ninguém é obrigado a presenciar cenas. Tem lugares onde têm mulheres e crianças que não precisam ver esse comportamento”, disse.

Tramita no Senado proposta que criminaliza os casos de descriminação por orientação sexual e identidade de gênero, além de equipará-los ao crime de racismo. Projeto semelhante foi arquivado em 2015 na Câmara de Deputados.