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Política

Racha no PSDB é indiferente para campanha petista, garante Zeca

Para petista, briga interna do PSDB não muda cenário das eleições de 2018

19 novembro 2017 - 15h24Por Rodson Willyams

O deputado federal e ex-governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, afirma que o racha interno dentro do PSDB não deve afetar os projetos pela corrida presidencial de 2018. O petista disse que a briga interna é um fator 'temporário'.

"Acredito que isso não deve diferenciar em nada, mas o PT também não pode gerar expectativa sobre um racha. O que nós temos que fazer é conversar com a nossa gente e seguir o nosso projeto", comentou.

Nos últimos anos, o Partido dos Trabalhadores foi alvo de diversas críticas vindo de várias legendas, principalmente do ninho tucano, em razão de diversas investigações por esquema de corrupção. Porém, o próprio líder do PSDB, Aécio Neves, senador por Minas Gerais, também foi abatido por acusações de irregularidades no âmbito da delação premiada de executivos da J&F, holding que controla a JBS. E este seria um dos motivos de racha dentro do ninho tucano.

Ao ser questionado se o desvio do foco para resolver questões internas poderia, de certo modo, fortalecer o principal líder petista para a presidência em 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Zeca negou a possibilidade. "Acredito que não, o Lula não precisa disso para sair fortalecido em 2018", alfinetou.

Racha

A disputa pela liderança nacional tucana tem colocado os principais nomes do PSDB em rota de colisão. A briga interna se transformou pública e ganhou repercussão nacional, após o Senado ter devolvido o mandato de Aécio Neves que estava licenciado, por estar envolvido nas investigações da delação da JBS ao ser denunciado por crime de corrupção, obstrução de justiça e ter sido gravado pedindo R$ 2 milhões.

Com a volta, Aécio, que estava licenciado da presidência do partido, destituiu o interino Tasso Jereissati (CE) da liderança do partido. Tasso chegou a declarar à imprensa que Aécio deveria deixar o comando do partido após no escândalo envolvendo seu nome. Como moeda de troca, o líder tucano colocou no lugar de Tasso o ex-governador Alberto Goldman para comandar a sigla até a convenção nacional do partido, prevista para o dia 9 de dezembro.

A decisão não foi bem vista e provou a ira de aliados de Tasso, que também se colocou como candidato para assumir a presidência em dezembro, ao lado de outro candidato, o atual governador de Goiás, Marconi Perillo.

Na briga, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que é o presidente de Honra dos tucanos, defendeu que o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, assumisse posição central do partido, o que rejeitou a proposta. Porém, ambos não concordaram com a saída de Tasso da presidência e decisões tomadas por Aécio Neves.