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Queima de pneus irrita morador do Monte Castelo, mas difícil mesmo é achar órgão para denunciar

Fumaça tem mau cheiro e polui a atmosfera, diz denunciante

06 maio 2018 - 07h00Por Thiago de Souza

Um morador do Monte Castelo, que preferiu não se identificar, sofre com a queima de pneus em uma empresa de maquinário agrícola, na Avenida Mascarenhas de Morais, em Campo Grande. No entanto, a maior dor de cabeça para ele foi achar um órgão público que aceitasse tomar providências para o caso, que envolve questão de saúde pública.

A saga começou ao ligar no número 156, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana. Lá, ele teria sido informado que ‘seria complicado resolver ali’, porque lá seria ‘demorado’. Foi orientado então a acionar o Centro de Controle de Zoonoses, que não atendeu nenhuma das ligações.

Na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais – Decat – foi informado que não havia condições de ‘irem lá’. No Corpo de Bombeiros, a informação seria de que os militares não poderiam entrar no recinto da empresa. Também não teve sucesso na Polícia Militar Ambiental, pois na versão do denunciante, os militares não poderiam atuar dentro da área urbana.

Queima ocorre semanalmente na empresa, diz denunciante. (Foto: Repórter Top)

O vizinho então pediu orientações na Guarda Municipal, que teria alegado não poder fazer nada. Ele não sabe o nome da empresa, pois não há registro na fachada. O medo é de reclamar e encontrar pessoas agressivas que não aceitem a crítica.

O denunciante complementa que a queima dos pneus na empresa é constante e produz mau cheiro, além de poluir a atmosfera.

"Estou indignado com misso, é muito revoltante. Na hora de reivindicar o que é direito ninguém resolve’’, desabafa.

Respostas

O chefe de Comunicação da Polícia Militar Ambiental, tenente-coronel PM Queiroz, esclareceu que a Lei Federal nº 140/2011 permitiu que a Semadur fizesse convênio com a Secretaria de Meio Ambiente e tomasse para si todas as atribuições administrativas  de gerenciamento e fiscalização  ambiental de Campo Grande.

Ainda segundo o oficial, a PMA tenta firmar convênio com a Semadur para possibilitar por parte da polícia a realização de autos de infração, pois assim fica legalizada a função administrativa para a PMA.

Entramos em contato com a prefeitura de Campo Grande, que nos informou que o caso será repassado para a Gerência de Fiscalização e Monitoramento Ambiental da Semadur para verificação.

Portanto, assim como explicado pelo militar, a atribuição, por enquanto, é da Semadur.