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quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Tiro Livre

Vinícius Squinelo

2018 é com certeza a eleição mais zoneada da história de MS

Coitados dos alunos de história de MS que terão que aprender sobre o ano de 2018...

18 setembro 2018 - 10h29

Não há mais nenhuma dúvida, 2018 marca a eleição mais confusa e zoneada da história de Mato Grosso do Sul. Nem mesmo as denúncias contra Delcídio do Amaral em 2014 mexeram tanto com um pleito eleitoral como os diversos acontecimentos deste ano. Começando pelo próprio ex-petista, que retorna das cinzas para disputar novamente o Senado, em uma – até agora – cereja do bolo de acontecimentos inesperados.

A própria disputa pelo Senado, com seus 13 candidatos em busca de duas vagas, é uma confusão só. Suplente de Delcídio, Pedro Chaves desistiu da reeleição após briga com o PDT de Odilon de Oliveira, e foi substituído por Gilmar da Cruz. Os pedetistas apoiam a candidatura ao Senado do Podemos, que começou com Chico Maia e terminou com Humberto Figueiró.

Zeca do PT quase perdeu a disputa e conseguiu na bacia das almas aval para lutar pelo Senado, mas pode ganhar e não levar, já que tem ainda julgamento futuro pela chamada ‘Farra da Publicidade’. Nelsinho Trad encabeça a disputa mesmo sendo investigado em diversos procedimentos, que ele garante que não vão o condenar.

Ainda no Senado, Sérgio Harfouche anunciou candidatura, depois mudou e resolveu disputar o governo de MS, e logo desistiu e retornou à briga por Brasília. Enquanto isso Waldemir Moka carrega o peso da prisão de André Puccinelli às vésperas do pleito.

E o próprio Puccinelli puxa a fila de uma confusão ainda maior: a disputa pelo cargo de governador de Mato Grosso do Sul. O italiano, preso há quase um mês, desistiu da candidatura logo após ser preso pela Polícia Federal dias antes da convenção do MDB.

Órfão, o MDB então lançou Simone Tebet ao cargo, mas a senadora logo desistiu e abriu espaço para Junior Mochi. Então com a ficha ilibada, Odilon de Oliveira se viu alvo de um terremoto de denúncias feitas pelo seu próprio braço direito, que o acompanhou por mais de duas décadas na Justiça Federal; hoje, é investigado pela Polícia Federal a manda do Ministério Público Federal.

Candidato a reeleição, Reinaldo Azambuja teve aliados tucanos alvos também da PF, a menos de um mês do pleito. Eles foram liberados antes de cinco dias a mando do Superior Tribunal de Justiça. Os impactos da chamada Vostok ainda estão sendo medidos.

Tudo isso acima ocorreu em menos de 45 dias. Coitado dos alunos de história de MS que terão que aprender sobre o ano de 2018...

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(foto de capa: divulgação MDB)