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COLUNA

Top Pipoca com Pedroka

Pedro Martinez

Alita, Anjo de Combate: ciborgue badass...

Um amorzinho de ciborgue

28 fevereiro 2019 - 16h35

A inspiração para Alita: Anjo de Combate veio do mangá de mesmo nome. O original é da mesma época de Akira e Ghost In The Shell. E acredite em mim: está é uma das melhores adaptações de material nipônico por Hollywood.

E é claro, não deveria ser diferente já que é produzido por ninguém menos que James Cameron, que já queria começar esse projeto há anos atrás, mas decidiu antes nos presentear com Avatar. O que importa é que ele não desistiu e ainda chamou Robert Rodriguez para dirigir: o rei da porradaria em Machete e Sin City.

Num mundo totalmente cyberpunk, especificamente no ano de 2563, a trama nos apresenta o Doutor Ido (Christopher Waltz) que estava a procura de peças numa espécie de lixão. Até que por sorte acaba encontrando um busto robótico aparentemente funcional. Depois de passar por ajustes em um laboratório futurista, a menina ciborgue acorda com novas e ótimas funções motoras porém sofre de um grave problema de memória e por isso ela não sabe exatamente quem é ou foi.

Conforme a história se segue começamos a perceber que ela não é uma apenas uma robozinho convencional. Mais que isso, seu passado é denso e cheio de momentos incríveis e agora, a então chamada Alita, enfrenta os perigos da conhecida Cidade de Ferro em busca de sua sobrevivência e um propósito.

- Poxa, mas é tão parecida com outras histórias do gênero. O que faz dessa melhor?!

Esse cyberpunk destoa dos outros, pra mim, num detalhe bobo: ela é tratada como se fosse comum. Mas essa ingenuidade traz a ficção um elemento bastante importante, que é ignorado em obras do gênero: a tal da empatia. A gente acaba compreendendo as dores da menina e sua vontade de saber quem exatamente ela é. E mais, a gente torce para ela conseguir entender o que ela pode ser em tempos apocalípticos.

Por isso a história é diferente das outras justamente pela simplicidade e carisma da personagem principal. Ela que manda na "coisa toda" mas não é fria. Ela têm calor humano.

Robert Rodriguez provou que o seu talento para a violência é quase inalcançável por diretores comuns. Têm agressões mais "clean", ingredientes gore e demonstra impecavelmente o talento das artes marciais de Alita. Detalhe que é responsável pela ação do longa.

São duas horas e três minutos de ação e também muito conteúdo. Muito mesmo - tanto que a versão original passava de três horas. Mas calma, tudo é muito dinâmico pois o objetivo principal é te inserir naquele Universo e te fazer entender exatamente como tudo funciona. Mas o filme não pára nunca; sério, não dá pra tirar o olho da tela.

Um grande destaque é, enfim, o visual. Exatamente o que James Cameron mais gosta. A concepção visual e os efeitos especiais são impressionantes. Justifica o 3D. Tudo parece muito real mesmo sendo quase todo produzido com computação gráfica. A Alita é incrivelmente  natural; a captura de performance é de uma atriz, Rosa Salazar que serviu de base para os efeitos visuais.

Alita: Anjo de Combate é ideal para quem curte distopias, cyberpunk e ação.

5 pipocas.

Em cartaz nos cinemas.

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