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COLUNA

Tiro Livre

Vinícius Squinelo

Odilon cai em pesquisa e fica sem desculpa para processos ditatoriais

Odilon, o senhor é um EX-juiz e hoje pré-candidato. Está na hora de parar de processar e começar a responder tudo NA LATA

12 julho 2018 - 08h09

Na ânsia de tentar calar as críticas em redes sociais, Odilon de Oliveira se apoiou no fato de ser líder nas pesquisas eleitorais, motivo para que – segundo seus advogados – houvesse uma campanha difamatória contra o pré-candidato pedetista. Pois é, o problema é que pesquisa divulgada hoje pelo jornal Correio do Estado mostra empate técnico entre os atuais pleiteantes ao cargo mais importante de Mato Grosso do Sul. Acabou a desculpa do ex-juiz!

Conforme levantamento do Ipems (Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul), contratado pelo jornal e realizado em Campo Grande, Odilon tem hoje 30,74% das intenções de voto estimulados para Governador. André Puccinelli (MDB) fica com 29,39% e Reinaldo Azambuja (PSDB) com 25,77%. Como a margem de erro é de 4,97%, os três estão tecnicamente empatados. A pesquisa ouviu 400 pessoas na Capital entre 9 e 11 de julho deste ano e foi registrada com no Tribunal Regional Eleitoral como MS 04673/2018.

Se comparado com levantamento de abril, Odilon caiu. Na pesquisa Ipems MS 09406/2018, que ouviu também 400 pessoas entre 14 e 20 de abril e divulgada dia 23 de abril deste ano, Odilon tinha 34,47%; Puccinelli então contava com apoio de 27,24% e Reinaldo, 21,81% dos eleitores na estimulada.

Na sua campanha para calar os críticos, que ele coloca todos numa só sacola chamada fake news, Odilon alega que só é atacado por liderar as pesquisas. Seus advogados citam justamente levantamento eleitoral que aponta Odilon como futuro governador. “A forte adesão política que o juiz aposentado tem recebido desencadeou também em proporção até superior, à detração de pessoas que veem na possível ascensão do mesmo ao governo”.

Por sorte, o juiz eleitoral Cezar Luiz Miozzo determinou que advogados que defendem o ex-juiz federal refaçam a petição que pede a retirada do que chamaram de notícias falsas, publicadas em sites do Estado e ainda no facebook. E ainda foi mais longe: “deferir os pedidos na forma em que estão deduzidos, sem a indicação de circunstâncias capazes de demonstrar fato específico e determinado contido em cada publicação, seria temerário e uma afronta à liberdade de expressão que caracterizaria verdadeira censura prévia”.

Agora, com o Ipems mostrando que Odilon não é mais tão líder assim, vai por terra a desculpa do ex-magistrado para tentar medidas que remetem a censura do tempo ditatorial. Colocar todas as críticas em um mesmo balaio de gato, alegando fake news, é querer calar a boca de críticos indiscriminadamente.

Odilon, o senhor é um EX-juiz e hoje pré-candidato. Está na hora de parar de processar e começar a responder tudo NA LATA. 

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