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quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Decifrando

Marco Santos

Revolução frustrante?

Não decepcione, Presidente

30 novembro 2018 - 07h00

A eleição de Bolsonaro foi uma revolução branca.

Sem balas e o sangue significou, apenas, o ardor da militância cibernética.

Foi a primeira vez em pelo menos três décadas que o povo (eu inclusive) participou diretamente da eleição, desta vez, via redes sociais. 

Lição aprendida da Primavera Árabe.

Em realidade, a sociedade, em maioria elegeu o conjunto de ideias antiesquerda que corrompeu valores e princípios caros a Nação brasileira.

Pacificamente o povo deu um basta a bestialidade comunista.

Viva a Revolução!!!!

Agora a situação mudou.

Os guerreiros guardaram as armas.

Os políticos assumiram.

Bolsonaro está a escolher seu Ministério.

Aqueles que executarão seu pensamento político - estratégico.

Podem ser identificadas de seu discurso a linha econômica. Sem dúvida, escolheu bem a equipe.

Na  vertente da Segurança Pública talvez não houvessem melhores opções.

Aí começam os problemas.

Prometeu reduzir ministérios. E isso é muito significativo.

Mas estão aparecendo escolhas problematicas.

A Agricultura brasileira pode ser a maior fornecedora do mundo em 2030 se receber planejamento estratégico adequado.

Representa, atualmente, cerca de 20 % do PIB.

As Relações Exteriores devem restaurar a posição estratégica brasileira no hemisfério ocidental. Parece que foi bem escolhido o representante.

A excessão do Meio Ambiente,   Ciência & Tecnologia,  Saúde e Educação, os outros ministérios, até agora, foram rolhas. Vão para onde a enxurrada leva.

Poderiam ser extintos ou grupados. 

Foram até o momento poços de problemas, de desperdício de dinheiro e de corrupção. 

Basta ler o noticiário pretérito.

Ah! Mas e a Defesa.

Bem a Defesa foi ocupada por néscios no "metier".

Foi invenção de um esquerdista para submeter as Forças Armadas ao poder cívil 

Resultou no que aí está. 

Uma Polícia Especializada melhor que a Força Nacional (opa, tentaram copiar a milícia bolivariana da Venezuela) para consumo interno.

Não serviu para respaldar uma  política externa antichavista ou contra - Maduro.

Não impediu que Evo Morales nos tomasse uma refinaria de petróleo. Ou que evitasse o Brasil de ser o 2o maior consumidor de drogas do mundo, praticamente todas originárias dos 3 maiores produtores  mundiais de logo ali, no outro lado das fronteiras andinas.

Também, não evitaran os ministros ocupantes do cargo,  vexames e vergonhas como a Comissão da (in) verdade ou os baixissimos salários da tropa (Ops, os fardados que lá estiveram receberam poupudas diárias)  dos  militares e a ameaça sobre as pensões. 

Não se importaram, os ministros, se DAS de fiscais de "linha de servir" ( função de Sargentos nos quartéis, muito mais dignos que os apaniguados do MD) ganhassem mais que Coronéis.

Porque não acabar com o MD, Presidente?

Estruture um Estado- Maior Conjunto, a semelhança do antigo EMFA , com revesamento de Chefia entre os Comandos de Força , que os militares saberão e estarão melhores representados que atualmente.

Mais eficiente e mais barato, com certeza.

Porém, menos pomposo, certamente 

Presidente, eu o conheço faz tempo.

Sei que é um patriota 

Sei que acredita no bem comum.

Não se submeta, embora seja político, as imposições das agremiações partidárias.

Persiga o ideário de campanha.

Livre - se dos "mosquitos de baia". Inclusive alguns de camuflado.

Nem cavalos os aceitam.

Não cause frustrações no povo que o elegeu.

Marco Santos
Cel Refo do EB
Analista de Inteligência Estratégica , empresário e professor.