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Polícia indicia ex-presidente Eduardo Bandeira e outras 7 pessoas por homicídios no CT do Flamengo

Ex-dirigente vai responder por homicídio com dolo eventual pelas mortes dos 10 atletas no incêndio no Ninho do Urubu

11 junho 2019 - 12h40Por G1

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio com dolo eventual - quando se assume o risco de matar - o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello e outras sete pessoas pelas mortes de 10 atletas no incêndio no Centro de Treinamento do clube, em fevereiro deste ano.

A tragédia aconteceu em um alojamento improvisado com contêineres em uma área do Ninho do Urubu, como o CT é conhecido, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio.

Muitos dos garotos não conseguiram fugir das chamas. Três jovens foram resgatados com ferimentos, e 13 escaparam ilesos.

O inquérito, assinado pelo delegado Márcio Petra, da 42ª DP (Recreio), também pede o indiciamento por dolo eventual de engenheiros do Flamengo e da empresa NHJ, responsável pelos contêineres, além de um técnico de refrigeração e de um monitor do clube.

Em nota, o Flamengo informou ainda não ter sido notificado e que, por isso, não ia comentar o caso.

O ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello também disse que ainda não tinha sido notificado e, por isso, não podia se manifestar.

Indiciados

  1. Danilo da Silva Duarte, engenheiro da NHJ;
  2. Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração;
  3. Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo;
  4. Fábio Hilário da Silva, engenheiro da NHJ;
  5. Luis Felipe Pondé, engenheiro do Flamengo;
  6. Marcelo Sá, engenheiro do Flamengo;
  7. Marcus Vinícius Medeiros, monitor do Flamengo;
  8. Weslley Gimenes, engenheiro da NHJ.

Relembre o caso

No dia do incêndio, os jovens dormiam em um alojamento improvisado com contêineres quando o fogo destruiu a estrutura.

O laudo da Polícia Civil sobre a tragédia aponta que as chamas foram causadas por um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado. O material do revestimento dos módulos permitiu que as labaredas se alastrassem.

Por causa de um temporal que deixara o Ninho do Urubu sem luz, os treinos daquela sexta tinham sido cancelados. Assim, jovens que tinham residência no Rio puderam dormir em suas casas. Por isso, no momento do incêndio, havia menos jogadores no local do que em dias normais de treino.

Ninho liberado há menos de um mês

No fim de maio, o Flamengo recebeu o alvará definitivo para funcionamento do Ninho do Urubu. O documento veio uma semana depois de a Justiça liberar o uso do espaço para as categorias de base.

Foram quase três meses de interdições, sejam totais ou parciais.