Assim que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assumiu o governo, em janeiro, mandou um recado aos prefeitos: que, por ainda não ter montando a equipe do Ministério de Saúde, não tinha como liberar logo recursos para o combate à dengue. Disse que os prefeitos poderiam desembolsar recursos que bancassem programas preventivos e que depois ressarciria o gasto.
Em parte, Bolsonaro cumpriu a promessa. Por meio do ministério, pasta chefiada pelo campo-grandense Luiz Henrique Mandetta, o dinheiro foi restituído para 25 capitais. Duas ficaram de fora, uma delas a de Campo Grande.
O prefeito Marquinhos Trad (PSB) baixou nesta quarta-feira (17) no ministério, em Brasília, e quis saber o motivo. “Gastamos R$ 27 milhões e, graças a Deus, conseguimos debelar a epidemia. Agora, queremos o dinheiro de volta, afinal por que não fomos contemplados?”, questionou Marquinhos.
“Na realidade, vim aqui suplicar. Geralmente solicitamos recursos, requeremos, pedimos, mas eu vim suplicar, buscar a restituição do dinheiro que utilizamos para reduzir a epidemia da doença. Gastamos R$ 27 milhões, apresentamos notas, recibos, registros de entregas de medicamentos, fotografias. É obrigação do ministério em restituir o recurso”, disse Marquinhos ao TopMidiaNews, ainda na recepção do gabinete do ministro Mandetta.
Até o fechamento deste material, o prefeito ainda participava da reunião com o ministro. Dali, ele seguiria para o Senado, onde se reuniria com bancada de parlamentares de Mato Grosso do Sul. O prefeito disse que ia cobrar dos colegas as emendas parlamentares indicadas para a liberação de para Campo Grande.
Até agora, o governo Bolsonaro ainda não liberou recursos por meio de emendas individuais ou de bancada. Há a promessa de montantes serem distribuídos a partir de agosto, mês que vem.